Boitanga, 2022

Play Festival, 6 Agosto 2022
“Fui atrás da minha infância para pensar nesse trabalho. Então trouxe as grades de janelas para o lugar do brinquedo trepa-trepa, e uma janela redonda, bem grande, passou a ser um gira-gira. Dessa forma, trago uma memória afetiva ligada aos territórios suburbanos, favelados, despertando a fantasia no transformar de janelas, grades, elementos relacionados ao lar, ressignificando-os em arte e brincadeiras.” O Largo do Machado também está presente nesta obra, já foi uma lagoa e depois do seu aterramento, no século XVII foi chamado de Campo das Boitangas, “nome dado pelos negros da Guiné que ali trabalhavam numa plantação. Boitangas, que no dialeto dos africanos significa cobra que enrola, era um ofídio bastante comum nos alagadiços onde os escravizados cultivavam arroz.” A pintura da instalação se inspira na popular cobra coral como uma forma de firmar outras identidades.”