A pintura de Arjan Martins vai além de rastros do passado e se torna ensejo de um tempo cíclico, o diálogo com o anacronismo do tempo é latente e revela uma reivindicação política a partir do espaço pictórico. O direito à vida para os corpos negros se apresenta constantemente nas telas de Martins, a obra em questão apresenta portanto uma mulher sem face (sempre presente na obra do artista, valorizando a ideia do povo ao invés do indivíduo), a força e a beleza apagada em uma imagem da ausência, uma espécie de comunicado da falta.

Arjan Martins' painting goes beyond traces of the past and becomes an opportunity for a cyclical time, the dialogue with the anachronism of time is latent and the pictorial space reveals a political claim. The right to life for black bodies is constantly presented on Martins' canvases, the work in question therefore presents a woman without a face (always present in the artist’s work, appreciating the ideia of a people instead of the individual), the strength and beauty erased in an image of absence, a kind of communication of lack.