Imagens
1/4
Anterior
Próximo
Apresentação

Arjan “reistoriciza”, malgrado o patriarcado escravocrata, a decisiva liderança da mulher negra provedora: mães de santo, amas de leite, cozinheiras, tias dos terreiros do samba. Cada uma delas é uma anti-A Negra de Tarsila.

– Paulo Herkenhoff, Um Modo De Ser Angelus Novus, 2018

Artista brasileiro, vive e trabalha no Rio de Janeiro. São latentes nas obras de Arjan Martins conceitos sobre migrações e outros deslocamentos de corpos e presenças entre espaços de luta e poder, o artista desenvolve uma técnica pictórica ímpar durante o processo de construção de suas telas e aborda as diásporas e os movimentos coloniais que se deram em territórios afro-atlânticos. Arjan elabora uma análise artística em tempo supra-real, sua imagética e a expressão de suas pulsões trabalham e reagem aos símbolos do período das expansões marítimas e da escravidão dos corpos negros, como a caravela, o globo terrestre em disputa, os africanos escravizados e as ferramentas de navegação como marcas desse tempo. 

Obras
  • Arjan Martins, Sem título [Untitled], 2023
    Sem título [Untitled], 2023
  • Arjan Martins, Sem título [Untitled], 2023
    Sem título [Untitled], 2023
  • Arjan Martins, sem título [untitled], 2020
    sem título [untitled], 2020
  • Arjan Martins, sem título [untitled], 2020
    sem título [untitled], 2020
  • Arjan Martins, sem título [untitled], 2019
    sem título [untitled], 2019
  • Arjan Martins, sem título [untitled], 2020
    sem título [untitled], 2020
  • Arjan Martins, sem título [untitled], 2019
    sem título [untitled], 2019
  • Arjan Martins, sem título [untitled], 2019
    sem título [untitled], 2019
  • Arjan Martins, sem título [untitled], 2019
    sem título [untitled], 2019
  • Arjan Martins, sem título [untitled], 2018
    sem título [untitled], 2018
  • Arjan Martins, sem título [untitled], 2018
    sem título [untitled], 2018
  • Arjan Martins, Atlântico, 2016
    Atlântico, 2016
  • Arjan Martins, Etcetera, 2016
    Etcetera, 2016
  • Arjan Martins, Américas, 2016
    Américas, 2016
  • Arjan Martins, O Estrangeiro IX, 2017
    O Estrangeiro IX, 2017
  • Arjan Martins, sem título [untitled], 2002
    sem título [untitled], 2002
  • Arjan Martins, sem tíulo, 2011
    sem tíulo, 2011
Exposições em destaque
Birutas | Inhotim | Minas Gerais, Brasil | 2021
Na galeria
Notícias
Vídeo
Publicações
Biografia

Artista brasileiro, vive e trabalha no Rio de Janeiro. São latentes nas obras de Arjan Martins conceitos sobre migrações e outros deslocamentos de corpos e presenças entre espaços de luta e poder. O artista desenvolve uma técnica pictórica ímpar durante o processo de construção de suas telas e aborda as diásporas e os movimentos coloniais que se deram em territórios afro-atlânticos. Arjan elabora uma análise artística em tempo supra-real, sua imagética e a expressão de suas pulsões trabalham e reagem aos símbolos do período das expansões marítimas e da escravidão dos corpos negros, como a caravela, o globo terrestre em disputa, os africanos escravizados e as ferramentas de navegação como marcas desse tempo. Seus desenhos e croquis se intensificam e se fundem aos gestos largos e expandidos que ultrapassam o fluxo da mão do artista. O diálogo com o anacronismo do tempo é visível, suas pinturas vão além de rastros do passado e se tornam ensejos das cinzas de um tempo cíclico. Como em “Ágatha", uma pintura onde Martins cria um retrato de benção e despedida familiar a partir da  história de uma criança baleada pelas costas na Favela do Alemão, Rio de Janeiro, em outubro de 2019, quando voltava para casa com sua mãe em uma Kombi e cruzaram uma violenta operação policial. Uma crítica a infância interrompida e ao apartheid cometido pelo poder institucional - que vem matando centenas de corpos negros em todo o Brasil. A tela “Ágatha", assim como outros trabalhos do artista, revelam reivindicações políticas a partir do espaço pictórico. Equidade de direitos para os corpos negros, o direito básico a creches, parques, bibliotecas e transportes figuram nas telas de Arjan como imagens da ausência. A arte é um meio de comunicação e de demandas sociais para o artista, que pinta o direito à vida através de representações carregadas de significados.

 

Em 2023, participou das coletivas “Um oceano para lavar as mãos”, mostra inaugural do Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis; e “Dos Brasis”, no Sesc Belenzinho, São Paulo. Em 2022, participou da coletiva “Atos de revolta: outros imaginários sobre independência” no MAM do Rio de Janeiro e inaugurou a individual “Hemisfério 1” n’A Gentil Carioca de São Paulo. Em 2021, inaugurou a individual "Descompasso Atlântico" n'A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, participou da Bienal de São Paulo e da coletiva "Bum bum praticumbum" na sede paulista da galeria. Em 2020, realizou uma exposição na Fundação Rema Hort, em NY. Em 2019, participou da Residency Unlimited, também em NY, com o apoio do Prêmio Pipa, recebido em 2018. Ainda em 2019, apresentou uma grande pintura inédita, de 300 x 600 cm, realizada especialmente para a 4ª Bienal de Montevidéu, no Uruguai, além das individuais no The Armory Show em Nova York e no The Historian’s Craft no ICA Milano, na Itália. Em 2018, participou das exposições “Naufrágio Revisto de Géricault”, promovida pela Goethe-Zentrum Baku, no Azerbaijão, “Recortes da Arte Brasileira”, na Art Berlin Fair e “Fratura”, no Instituto Tomie Ohtake, além de ter integrado a exposição itinerante “Ex-África”, promovida pelo CCBB na 11ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre. Em 2017 realizou a individual “O Estrangeiro” na Fundação Brasilea, na cidade da Basileia, Suíça. No ano de 2016 realizou a individual “Et Cetera” na galeria de arte A Gentil Carioca, Rio de Janeiro. Em 2014 participou da coletiva “Do Valongo à Favela”, no Museu de Arte do Rio - MAR e realizou a individual “Américas” no MAM Rio. Em 2006 participou da 7ª Bienal de Dakar, no Senegal. Em seu currículo, acumula os Prêmios PIPA 2018, na seleção de júri de premiação e categorias de voto popular, o Prêmio de Residência Artística na África, promovido pelo Goethe Institut na cidade de Lagos, na Nigéria em 2017 e o Prêmio Projéteis de Arte Contemporânea, da Funarte em 2015.

 

Suas obras estão entre importantes coleções como: Pinacoteca do Estado de São Paulo; Coleção Gilberto Chateaubriand I MAM Rio; Itaú Cultural; Instituto Pipa; Pérez Art Museum Miami; Africana Art Foundation e Peg Alston Fine Art.

 

CV