A série “Mosquito Shrine” são grandes bordados feitos em telas de mosquiteiro brancas. Essas obras partem de uma pesquisa mais ampla na qual Vivian Caccuri explora a história da relação entre o mosquito e a humanidade através de peças sonoras, performáticas e visuais. A “Mosquito Shrine II” descreve o estranho encontro entre os mosquitos e a humanidade no contexto de guerra, provocado pela tentativa de conquistar e domar a natureza tropical realizada pelos colonizadores europeus.
Vários depoimentos e registros feitos no século 18 contam histórias de doenças, febres, alucinações e mortes relacionadas à chegada ao "Novo Mundo". No trabalho de Vivian, essas memórias coletivas são um meio de transformar o mosquito em um símbolo, uma força paramilitar enlouquecida que representa em parte o caráter indomável da natureza tropical e em parte as estruturas feitas pelo homem que permitiam que os mosquitos fossem tão onipresentes e mortais: barragens artificiais mal planejadas, plantações de açúcar, escravidão.

[The Mosquito Shrine are large embroidery works made on white mosquito net. Part of a wider research in which Vivian explores the history of the relationship between mosquito and humanity through sound, performance and visual works, The Mosquito Shrine II depicts an uncanny encounter of mosquitoes and mankind in the context of war, provoked by the attempt of conquesting and taming tropical nature made by European colonizers.
Several testimonials and mid 17 hundred records tell stories of illness, fever, hallucination and death connected to the arrival in the "New World". In Vivian's work these collective memories are means to transform the mosquito into a symbol, a deranged paramilitary force partly representing the tamelessness of tropical nature and partly the man-made structures that allowed mosquitoes to be so ubiquitous and deadly: poorly-planned artificial dams, sugar plantations, slavery.]