Na série "Contemplação do Vazio", Ana Silva aborda o vazio como potência criativa — um espaço em expansão, que pulsa como a respiração e acolhe a possibilidade de transformação. Inspirada nos ritmos silenciosos da natureza, esta série de trabalhos propõe uma contemplação da leveza, na qual fios, texturas e intervalos redesenham a matéria do mundo.

De acordo com a artista, a "natureza bordada aproxima o gesto do bordado do sopro da Terra", em composições que exploram o silêncio, o tempo e o espaço como protagonistas. Ainda menciona que, "cada ponto é uma pausa; cada linha traça um caminho entre o real e o etéreo, revelando que aquilo que não se preenche também vibra e comunica."


[In the series “Contemplação do Vazio" (Contemplation of Emptiness), Ana Silva approaches emptiness as creative power—an expanding space that pulsates like breath and welcomes the possibility of transformation. Inspired by the silent rhythms of nature, this series of works proposes a contemplation of lightness, in which threads, textures, and intervals redraw the matter of the world.

According to the artist, “embroidered nature brings the gesture of embroidery closer to the breath of the Earth,” in compositions that explore silence, time, and space as protagonists. She also mentions that “each stitch is a pause; each line traces a path between the real and the ethereal, revealing that what is not filled also vibrates and communicates.”]