A pintura de Arjan Martins ultrapassa a mera evocação de rastros do passado e instaura a noção de um tempo cíclico, em que permanência e retorno se entrelaçam. Ao dialogar com o anacronismo, sua obra transforma o espaço pictórico em território de reivindicação política. Nas telas, o direito à fruição, à presença e à vida dos corpos negros se afirma de maneira contínua — não como exceção, mas como centralidade poética e política.

[Arjan Martins' painting goes beyond the mere evocation of traces of the past and establishes the notion of a cyclical time in which permanence and return are intertwined. By engaging in a dialogue with anachronism, his work transforms the pictorial space into a territory for political demands. On the canvases, the right to the enjoyment, presence and life of black bodies is continually affirmed - not as an exception, but as a poetic and political centrepiece.]