Em odò (rio), Kelton Campos explora o mergulho nas águas como um portal de conexão com o cosmos. Ao deitar-se em um rio ou no mar, entramos em sintonia com uma dinâmica ancestral, onde as águas são um grande portal no Brasil, palco de travessias espirituais e morada de seres que habitam o outro plano. A obra evoca o sentimento de integração, como se o abraço das águas nos transportasse para um espaço mágico. Nesse lugar, uma roda de crianças ouve atentamente uma pessoa mais velha, que se conecta à figura deitada no rio. As águas, sempre sussurrando sabedoria, conversam com essa pessoa, que segura uma seta apontando para o céu, simbolizando o tempo.

[In odò (river), Kelton Campos explores diving into the waters as a portal for connecting with the cosmos. When you lie down in a river or the sea, you become attuned to an ancestral dynamic, where the waters are a big portal in Brazil, the stage for spiritual crossings and the dwelling place of beings who inhabit the other plane. The work evokes a feeling of integration, as if the embrace of the waters transported us to a magical space. In this place, a circle of children listens attentively to an older person, who connects with the figure lying in the river. The waters, always whispering wisdom, talk to this person, who holds an arrow pointing to the sky, symbolizing time.]